Assisti esse fim de semana e só posso
dizer que gostei muito. Amantes Eternos é sim um filme sobre vampiros, mas
totalmente diferente de todos os outros que já vi. E só para deixar claro, não
é um filme para adolescentes. A trama
mostra a relação de um casal muito experiente, cuja paixão atravessa os
séculos.
Amantes Eternos teve sua première mundial em março, no Festival de Cannes. O
romance foi escrito e dirigido pelo cineasta americano Jim
Jarmusch, conhecido por filmes indies . O
filme estreou no Brasil na semana passada, 14 de agosto.
O casal de
vampiros eruditos Eve (Tilda Swinton) e Adam (Tom Hiddleston), vivem em
locais diferente do mundo. Ela em Tânger e ele em Detroit. Adam enfrenta uma
intensa melancolia, que faz com que Eve vá ao seu encontro. Eles se alimentam
de sangue, porém não da maneira convencional apresentada em outros filme, já
que ambos vivem em uma era em que tal prática se tornaria perigosa. Há
séculos eles vivem uma relação de cumplicidade e muito amor, que será abalada
pela chegada da rebelde irmã caçula da vampira, Ava (Mia Wasikowska), que não
está disposta a seguir algumas regras dos vampiros.
Adam é um músico que coleciona
instrumentos musicais. A casa do personagem é sensacional, a decoração em
alguns momentos remete à época vitoriana. Nas paredes há quadros de Edgar Allan
Poe, Oscar Wilde e Franz Kafta. Um ar sombrio envolve as cenas de suas
composições musicais. Já Eve é uma apaixonada por literatura. Em um
das cenas podemos ver na mala dela obras de Samuel Beckett, Miguel de
Cervantes e David Foster Wallace. Ambos gostam de passar o dia conversando
sobre música, ciência entre outros temas
que discutam a existência humana.
A trama
gira em torno do existencialismo, do amor e cumplicidade do casal. Sem falar na
cultura, presente na personalidade de ambos. Podemos perceber que com o passar
dos séculos ambos puderam se aperfeiçoar naquilo que gostam, adquirindo
bastante conhecimento. Tudo combina perfeitamente, os cenários, a trilha sonora
sombria com o sentimentalismo que é passado nos diálogos. Enfim é um filme
envolvente, artístico e poético que vale a pena conferir!
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